Do total de 2,4 milhões de hectares plantados no mundo, cerca de 94% estão em zonas tropicais da Ásia, com 44% na Índia e 31% na Indonésia. Estima-se que 4,5 % das plantações estejam na África, especialmente na Costa do Marfim e Nigéria, 2,6 % na América Central (Costa Rica e Trinidad e Tobago e América do Sul (Brasil). No Brasil, o estado de Mato Grosso, com aproximadamente 20 mil ha plantados, detem cerca de 90% da área total plantada. No Acre, a área plantada é estimada em 2 mil ha, incluindo os sistemas agroflorestais.
Os melhores sítios atingem incrementos médios anuais (IMA) de 15 metros cúbicos por hectare/ano (m3.ha-1) e produções entre 250 e 350 metros cúbicos por hectares/ano para uma rotação de 25 anos (Floresta Brasil, 2001).
No Acre, os valores de IMA variam entre 7,612 e 24,588 m3.ha-1 e produções entre 187 e 375 m3.ha-1 para rotação de 25 anos. Os custos de implantação para reflorestamento (estabelecido aos 2 anos) são estimados em US$ 800,00 por hectare/ano.
Os prognósticos de preços para o mercado internacional para 2015 variam entre US$ 1,480 e US$ 1,850 por m3, dependendo da classe diamétrica.(Krishnankutty, 2001). Considerando-se a questão de seqüestro de carbono na ótica do Protocolo de kyoto, supondo um crescimento médio anual de 10 m3.ha-1.ano-1, e rotação de 30 anos, acumular-se-iam em torno de 100 toneladas de carbono.ha-1, cerca de 80% do acumulado em florestas nativas. A expansão dos plantios de teca têm-se dado em sua maioria por pequenas indústrias madeireiras (consumo menor que 12 mil m3.ano-1) e pequenos agricultores, através de pequenas plantações ou sistemas agroflorestais, o que pode contribuir no futuro para a viabilizar a produção familiar.
Por outro lado, as plantações de teca em Myanmar (Ásia) sempre estiveram associadas a sérios impactos ambientais. As experiências passadas demonstraram graves problemas quanto a degradação química dos solos, perda de nutrientes, degradação do sítio florestal, redução do crescimento e rendimento dos plantios e infestação por pragas, quando implantados em sítios impróprios e ambientes desfavoráveis (Wadsworth, 1997).
A Embrapa Acre acompanha através de parcelas permanentes o crescimento de plantios estabelecidos entre 1995 e 1999 para recomendações de desbastes, impactos de incêndios e avaliação da sustentabilidade econômica e ambiental.
Vale frisar que os plantios de teca em sítios adequados e com tecnologia adequada podem assumir um papel importante, dando aos reflorestamentos de grande, média e pequena escala, uma função ambiental, social, econômica e estrutural, reduzindo no longo prazo a pressão sobre os estoques naturais de madeira dura, tornando a indústria madeireira mais competitiva, além de inserir a produção familiar na cadeia produtiva de madeira
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